Não aconteceu apenas uma vez, e duvido que seja a última.
Um final de semana como outro qualquer, marcamos nossa querida sessão de RPG no Centro Cultural São Paulo, como de praxe. Quando chegamos, à primeira vista, todas as mesas reservadas para os jogos de RPG estavam ocupadas; "problema algum... é só pedir pra alguma dessas pessoas estudando pra nos dar licença, já que as mesas são reservadas pra RPG mesmo." O problema era: não eram pessoas estudando. Eram pessoas jogando card games, de todos os tipos: Pokemon, Magic, Yu-Gi-Oh!, o escambau à quatro. E, eles não estavam apenas nas mesas reservadas: todo espaço de mesas daquele setor do CCSP estava ocupado por eles. Agora... vai você explicar pra qualquer segurança no CCSP qual é a diferença entre um RPG de mesa e um Card Game? Pra evitar problemas, nos colocamos à caminho do Shopping Paulista, e ficamos abancados na praça de alimentação resto do dia.
Ok, eu sei... o quórum RPGístico do CCSP estava escasso mesmo. Desde o ano passado não era mais do que duas ou três mesas além da nossa aos finais de semana. Mas, as mesas ainda estão reservadas, ainda temos o direito de usá-las. Também não quero dizer que interpelamos nossos primitchos das cartas e não fomos atendidos... como disse, nem nos demos ao trabalho de entrar no mérito da questão. Mas, será que algum tipo de organização não seria necessária? Mister Tio João até entrou em contato com um amigo seu da heróica Megacorp - que lutou durante anos para conseguir um espaço para o RPG no CCSP - pra saber se aquela lotação anormal de jogadores de cartas tinha alguma relação com a Megacorp em si, mas como era meio esperado a resposta foi uma negativa. Acredito que nada mais justo que eles possam fazer uso do espaço (inclusive, quando jogávamos, algumas mesas vizinhas sempre tinham jogadores de Magic), mas dominá-lo totalmente já é outra história. Sei que é uma questão delicada, sei que vocês podem retrucar "E qual o direito dos RPgistas em dominarem o espaço...?" E, não só pela questão das pessoas que jogam RPG, mas a pessoas que também utilizam aquele espaço para estudar, que perdem em alguns finais de semana uns bons pares de mesa pros Card Gamers.
No final das contas, estamos todos de mãos atadas, infelizmente. No final das contas, a culpa não é de ninguém também. Mas, é preciso refletir e ver as coisas com algum bom senso. Um acordo de cavalheiros sempre é bem vindo.
No final das contas, estamos todos de mãos atadas, infelizmente. No final das contas, a culpa não é de ninguém também. Mas, é preciso refletir e ver as coisas com algum bom senso. Um acordo de cavalheiros sempre é bem vindo.
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